Praticidade, baixo custo de manutenção e escalabilidade são as principais vantagens do cloud computing, mas os desafios também são grandes. Não há uma plataforma-referência para operar todos os componentes tecnológicos.
Por Marcos Fugulin
O termo “computação em nuvem” (cloud computing) tomou de assalto o mercado de TI nos últimos anos.
De acordo com pesquisas do Gartner, a receita mundial desse tipo de serviço ultrapassou a marca dos US$ 50 bilhões em 2009, um crescimento de 21% em comparação com o ano anterior.
Não há dúvidas de que esse crescimento está diretamente ligado à evolução dos processadores e ao crescimento da penetração de banda larga.
O interessante é que a computação em nuvem não é uma nova idéia ou tecnologia. É a aplicação da internet a um conceito que existia desde os primórdios da computação.
Naquelas décadas já muito distantes, computadores eram equipamentos enormes, complicados e frágeis, necessitando de operadores super especializados para realizar operações simples.
Uma empresa mantinha todo o seu poder de processamento no “datacenter”, disponibilizando para os funcionários os “terminais burros” que não possuíam nenhuma capacidade de processamento, mas que se comunicavam com o datacenter.
Os terminais burros eram apenas uma interface – ele captava os comandos, enviava os dados para serem processados em outro local e depois exibia os resultados.
Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, previu que os processadores tornariam-se menores, mais rápidos e mais baratos a um passo muito acelerado – uma teoria que hoje ficou conhecida como Lei de Moore e que ainda guia os passos do mercado atual.
Essa evolução criou o computador desktop, pequeno, simples e poderoso, que poderia ser colocado diretamente na mesa do usuário. O processamento foi descentralizado, com o datacenter ficando com as tarefas realmente pesadas, enquanto o PC realizava as tarefas cotidianas de processamento.
Chega então a internet e a computação em nuvem é sua evolução natural.
Agora que temos tecnologia para transmitir dados em grande quantidade para qualquer ponto do planeta, o que as empresas estão fazendo é “terceirizando” suas necessidades computacionais para os grandes datacenters que são capazes de realizar as operações com mais velocidade.
Computação em nuvem é a computação considerada como um serviço, não como um produto. Você não compra hardware ou software, mas você o aluga e paga apenas pelo que utilizar.
Como está tudo na “nuvem” – em computadores remotos ao redor do mundo, conectados via internet – seus dados e serviços estão disponíveis a qualquer hora, em qualquer lugar.
As vantagens para as empresas que utilizam os serviços são muitas – praticidade, baixo custo de manutenção e escalabilidade são as principais.
Os desafios também são numerosos: ainda falta criar uma plataforma de referência de TI que permita que todos os componentes tecnológicos operem na nuvem.
Criar tecnologias para datacenters mais poderosos e ecológicos também é importante para garantir o crescimento do setor. Segurança, gerenciamento e tecnologias promissoras de internet, como o WiMax, completam o conjunto de ferramentas que levarão os negócios em nuvem para o próximo passo.
A computação em nuvem já é uma realidade e veio para ficar. Considerando o passo acelerado na inovação no mundo de TI, este é um mercado que só tem como crescer, e as empresas que souberem investir de forma inteligente poderão colher os frutos desta inovação, que avança a passos largos e certos.
fonte:
[Webinsider]